Afinal, quem é este tal de Sentinela?

Conheça o herói poderoso (e perturbado) que chegou ao MCU em Thunderbolts*

Por THIAGO CARDIM

Depois de anos de especulações e adiamentos, Thunderbolts*  finalmente chegou aos cinemas como um capítulo ousado do Universo Cinematográfico Marvel.

Reunindo vilões e anti-heróis em uma equipe improvável, o filme conquistou crítica e público ao abordar temas como saúde mental, trauma e redenção com uma abordagem mais sombria. E uma das grandes surpresas da produção foi a estreia do Sentinela (Sentry), vivido por Lewis Pullman – papel que, inicialmente, seria de Steven Yeun (a voz do Invencível na animação, aliás), que precisou deixar o projeto por conflitos de agenda.

Mas quem é esse tal de Sentinela, afinal? De onde ele veio? Por que é tão poderoso? E por que ninguém parece se lembrar dele?

A criação do Sentinela: uma lenda moderna com cara de clássico esquecido

O Sentinela foi criado em 2000 por Paul Jenkins (roteiro), Jae Lee (arte) e Rick Veitch (flashbacks), em uma minissérie publicada sob o selo Marvel Knights. A proposta era ousada: apresentar um herói extremamente poderoso que, segundo a história, teria estado presente nos grandes eventos do Universo Marvel – mas que, misteriosamente, foi esquecido por todos os heróis e vilões da editora.

Como parte da estratégia de marketing, a Marvel fingiu que o Sentinela era uma criação perdida de Stan Lee dos anos 1960, que havia sido “resgatada” nos arquivos da editora. Havia até artes promocionais falsas, cartas de fãs e entrevistas encenadas, alimentando o mito de que o personagem sempre estivera lá, mas ninguém se lembrava.

O Homem de Ouro com o poder de um milhão de sóis explodindo

Na cronologia da Marvel, o Sentinela é o alter ego de Robert Reynolds, um homem comum que acidentalmente consome um soro que lhe concede o “poder de um milhão de sóis explodindo”.

Dotado de força, velocidade, invulnerabilidade e manipulação molecular, o Sentinela é uma espécie de resposta da Marvel ao Superman da DC – mas com um diferencial sombrio: ele vive assombrado por uma contraparte maligna chamada Vácuo (The Void), que representa sua escuridão interior e ameaça a existência do universo.

Essa dualidade faz do personagem uma figura trágica, instável e profundamente humana, explorando temas como esquizofrenia, depressão e culpa – o que torna sua presença em Thunderbolts* tão simbólica. O Vácuo, no fim das contas, acaba se tornando uma espécie de “alegoria” para a depressão.

Os poderes do Sentinela

A lista de habilidades do Sentinela é praticamente um bingo de superpoderes:

– Força sobre-humana (nível Hulk ou Thor)
– Voo em velocidade hipersônica
– Invulnerabilidade
– Manipulação de matéria
– Telepatia e empatia
– Projeção de energia
– Regeneração celular
– Imortalidade prática
– Capacidade de ressuscitar (em algumas versões)

Tudo isso o torna um dos personagens mais poderosos da história da Marvel – mas também um dos mais instáveis.

Momentos marcantes nos quadrinhos

O Sentinela protagonizou alguns arcos de peso no universo Marvel, como:

– “O Sentinela” (2000): sua estreia, onde descobre que foi esquecido por todos e precisa enfrentar o Vácuo.

– “Novos Vingadores” (2005): onde entra para a equipe liderada pelo Capitão América.

– “Guerra Mundial Hulk” (2007): participa da batalha contra o Hulk descontrolado.

– “Reinado Sombrio” e “O Cerco” (2008-2010): sob a manipulação de Norman Osborn, o Sentinela se torna uma arma viva, com consequências devastadoras.

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Inimigos e confrontos épicos

Os maiores adversários do Sentinela não são apenas vilões externos, mas sua própria mente. Ainda assim, ele já enfrentou (e venceu ou empatou com):

– Hulk – em confrontos que colocaram cidades em ruínas.

– Thor – num embate brutal durante a saga O Cerco.

– Vácuo – sua contraparte sombria que ameaça o mundo sempre que ele perde o controle.

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Onde está o Sentinela atualmente nos quadrinhos?

Após sua aparente morte em O Cerco, o Sentinela voltou de formas diferentes ao longo dos anos.

Mais recentemente, em publicações como “King in Black” (2020), ele aparece em combates contra ameaças cósmicas como Knull, o deus dos simbiontes.

Suas aparições, porém, continuam esporádicas – sempre ligadas a grandes eventos e crises.

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