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Odete Roitman e o limite do nosso fascínio pelos vilões

Os antagonistas podem ser realmente personagens incríveis, muitas vezes melhores do que os heróis – mas digamos que passar pano para as barbaridades que cometem talvez vá um pouco além…

Por THIAGO CARDIM

Impossível negar que Débora Bloch é uma ótima atriz – e que sua interpretação como a vilã Odete Roitman, de “Vale Tudo”, foi de fato uma das coisas que ajudou a “salvar” este remake bastante equivocado (a começar pelo apagamento daquela que deveria ser a protagonista da novela). Mas admirar um vilão enquanto personagem, digamos até que torcer por ele, é uma coisa. Todos fizemos, fazemos e continuaremos fazendo, de Coringa a Doutor Destino, de Darth Vader à Cersei Lannister. Mas dizer “Odete diva, nunca errou, apoio tudo que você fez” ou ainda “se fosse eu nesta situação, faria igualzinho”, opa, digamos que levanta um alerta vermelho aqui… Porque os vilões expõem nosso lado sombrio, fazem com que a gente identifique nossos defeitos ali… só que temos que ter a consciência de que aquilo é ERRADO. E ponto. Ou você acha que tudo bem, que é legal pra caralho trucidar uma barraca cheia de jovens crianças jedi? Ou culpar, durante uma década, a sua própria filha pelo assassinato do irmão, fazendo com que seu vício alcóolico se tornasse cada vez mais intenso e descontrolado? Falamos um pouco sobre isso e muito mais lá no YouTube.

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